Achei um poema nas minhas arrumações, num papel antigo muito amassado…

Ofereci poemas, sorrisos, postais, pétalas
Ofereci lágrimas, ofereci o meu coração,
O meu tempo ao tempo para a sua felicidade roubei
Ofereceram-me a vida, a vida aceitou-me como presente.
Um sorriso, um olhar, um simples gesto;
Que aceitamos dependendo da nossa sensibilidade.
Momentos marcantes que prevalecem na memória
Ainda me lembro da primeira vez que recebi um beijo apaixonado.
Ainda me lembro de um dia em que a minha paixão me fez chorar
Não tinha nada para lhe oferecer…
Ofereci-lhe um poema, e ele guardou as lágrimas no coração.
Na areia molhada desenhei corações,
Escrevi versos de amor,
O mar levou-os, foi um presente.
Declarações de amor fiz, imensas ao ouvido do vento,
Em forma de presente para alguém que procuro.
Cartas de amor dentro duma garrafa ao mar deitei,
E igualmente ofereci o meu corpo…
O sol oferece-nos luz em pleno dia,
O luar em plena noite.
Assim como as borboletas enfeitam os jardins,
As flores retribuem com o néctar.
Saber retribuir é uma virtude,
Amar sem ser amado é um vazio existente
Impossível de por alguém ser suportado.

Não me lembro de qual o momento nem o espirito com que escrevi isto, mas foi bom recordar!