Ajudar a recolher

Hoje mais uma vez fiz voluntariado para o Centro Social e Paroquial da Sobreda. Aceitei assim que fui contactada, adoro ajudar e então hoje lá fui eu para a entrada do hipermercado entregar sacos e pedir que as pessoas contribuíssem com géneros alimentares. Percebi que pedir é muito difícil e que as pessoas que abordamos na grande maioria não nos querem ouvir. 
Percebi que existem vários tipos de pessoas quando se trata de uma situação destas: as que passam muito rápido e tentam nem olhar na nossa direcção com a esperança que nem lhe digamos nada; as que vão ao telemóvel se comportam como se tivessem uma bolha em volta delas e mais uma vez tentam não cruzar o olhar com o nosso; as que tentam contornar-nos e entrar por trás de nós assim não lhe pedimos ajuda; as que simplesmente nos ignoram e parece que somos transparentes; as que em ouvem o que temos para dizer e abanam logo a cabeça a dizer que não… podia estar aqui horas a definir tipos de comportamentos… ah e houve umas impressionantes que iam a entrar no hipermercado e que me responderam eu não vou fazer compras!!!

Mas querem saber o mais importante é que mesmo com todas estas pessoas que nos dizem que não, há muitas outras que nos olham nos olhos nos dizem que claro que ajudam, as que vêm ter connosco mesmo antes de as abordarmos para contribuírem e no fim das contas o saldo é sempre positivo. 
Tive um casal alemão a quem tive que explicar em inglês o que estavamos a fazer e que precisávamos da ajuda deles. Fiquei muito contente por ver que ao fim de um tempo eles que me trouxeram um saco cheio de alimentos e ainda ficaram interessados em saber se também ajudávamos crianças e recolhíamos géneros para as crianças. 
Balanço final ganhei muito mais o que perdi!!!
Sei que estes alimentos vão ajudar muitas pessoas e que o meu tempo foi bem utilizado.

Carro dói dói

O elevador do vidro traseiro esquerdo do meu carro partiu e graças a isso fui pela primeira vez visitar um ferro velho.  Grande medo como é que alguém sabe a que carro e a que sítio pertencem aquelas peças.
Já estou 100€ mais pobre e o carro já está operacional.  Ah e o ferro velho foi só para visita que acabei por comprar um elevador novo. 

Agora só está bem assim…

… de mão dada comigo. Esta mudança na rotina dela está a dar cabo de todas as seguranças que ela tinha. Que a mãe nunca a ia deixar sozinha, que a mãe está sempre lá. Seja para brincar seja para ralhar mas está! Nos dias que hoje correm não nos podemos dar ao luxo de estar com eles o tempo todo que queremos. Outras coisas se metem à frente. A mãe vai trabalhar já vem, digo eu mas isso não parece trazer-lhe conforto nenhum. A mim também não trás filha! Mas tem que ser tens que ir para a escolinha é bom não só para mim, mas para ti que vais ter amigos e actividades próprias para a tua idade durante o tempo que a mãe não está. Espero pelo dia em que me vou sentir trocada porque preferes ficar na escola. 

Fui má mãe

Ontem fui má mãe pois deixei que o meu cansaço e a minha cabeça cheia de coisas me levasse a concentração e numa fracção de segundos cometi um erro. Fechei a porta da casa de banho sem olhar para baixo e bati com ela na cabeça da M. que ia a tentar a entrar. No mesmo instante larguei tudo o que tinha nas mãos, mala, computador e o saco não sei mais o quê. Ela chorava que nem uma louca e eu só lhe conseguia dizer em modo repeat “desculpa! desculpa! desculpa!…” 
Nunca me senti tão mal na minha vida. Como é possível isto acontecer ela 2 segundos antes estava do outro lado.
Porra de vez em quando a vida dá-nos umas valentes chapadas para abrirmos os olhos e pensarmos no que realmente é importante. Nada de pressas em fazer jantares e dar banhos! Ela está em primeiro SEMPRE. 
Mais uma vez filha desculpa por ser tão destrambelhada, eu que deveria proteger-te de todos os males fui uma parva.