A hora de dizer adeus às fraldas

Há muito tempo que a Madalena não usa fraldas. Era algo que eu gostaria de dizer, mas ainda temos que as usar os dormir e para fazer cocó. Se a primeira situação não me faz qualquer confusão a segunda já me está a deixar algo preocupada. O que se passa é o seguinte, a minha princesa só aceita fazer cocó se for na fralda. Não posso negar-lhe a fralda porque ela prefere não fazer do que ir ao bacio ou à sanita. Chega a ficar mais 24h sem fazer se eu lhe negar a fralda. Na escola não faz, e nem se atreve a pedir a fralda. Já fiz promessas de prendas e o diabo a sete, mas não. Nada funcionou.

Agora parece-me que estamos a começar a entrar no caminho certo já tivemos umas 3 vezes cocó na sanita mesmo que isso tenha implicado depois fazer o resto na fralda ou nas cuecas. Hoje tivemos mais uma vitória, um valente cocó na sanita enquanto líamos a história do Pooh.

Truque? Não sei… simplesmente deixei de me stressar com isso, quando for será.

Ser mãe…

Cada vez mais tenho a noção que ser é uma tarefa muito complicada. Cada uma de nós terá as suas batalhas e montanhas para escalar. Acredito que as mães são feitas com a medida exacta de cada filho. São o encaixe perfeito. A chave certa que abre a fechadura. O mesmo se passa com os filhos, eles são exatamente aquilo que os pais precisam e conseguem “carregar”. Nos ombros e no coração. O coração, esse transborda com tanto amor. Pelo menos é assim que me sinto e sou mãe só de uma.

É nos momentos mais difíceis que esse amor que transborda e nos ampara a nós mães que desesperamos perante birras e ataques de fúria. Há com certeza, em cada uma de nós, nem que seja por um milésimo de segundo, um momento em que estamos prestes a dizer que se lixe não estou para isto, ou estou-me a passar vou te bater tanto que nem te passa pela cabeça, ou porque é que eu me fui meter nisto de ser mãe… Cada uma de nós terá a sua frase de raiva, desespero ou de revolta. Mas aí somos inundadas daquele amor que transborda do coração e cada uma escolhe a melhor opção para o momento, que será diferente para cada uma de nós.

Ser mãe é sem dúvida o melhor teste à paciência que o ser humano pode ter.

Maré de azar

Quando me levantei pensei que hoje seria um dia normal como tantos outros. A Madalena a pastelar em frente do copo do leite. Eu a repetir 50 vezes: ” bebe o leite.”

Fomos para a escola dela ficou sem rodeios e sem meias palavras. Chego ao carro ligo para a minha mãe, meto em alta voz e sigo para o trabalho. Quando estou a sair do carro ainda a falar com ela ao telemóvel, com a mochila, mala e lancheira e as chaves na mão eis que fecho a porta do carro mas não sei como deixo lá ficar o dedo mindinho da mão esquerda.

F@$$% QUE DOR DO DEMO!

A dor foi tão forte que acabei por ter que me sentar num banco de jardim porque me estava a sentir mal. Quando dei por mim estava a ouvir a minha mãe a chamar-me muito baixinho. Ela não estava a falar baixinho eu é que tinha desmaiado.

Lá me recompuz e fui trabalhar. Agora tenho uma unha e um dedo que me doem horrores.

O dia a partir de agora só podia melhorar. O trabalho não foi nada de especial. Jantar em família com direito a brincadeira e leitura de livro ao deitar.

O melhor de tudo é que a minha filha hoje está super melosa e só que quer dar beijinhos.

O dia não podia ter acabado melhor.

A melhor coisa que me aconteceu na vida foi, sem sombra de dúvidas, ser mãe.

Malditas insónias

Desde que me lembro que tenho problemas com o sono. É raro conseguir dormir uma noite descansada e toda de seguida.

Muitas vezes até adormeço cedo mas depois acabo por acordar lá para as 2h 3h da manhã e tenho MUITA dificuldade em voltar a adormecer. Dou por mim pensar nas coisas mais estapafúrdias e acabo por ficar danada comigo porque estou a perder horas preciosas de sono.

Não consigo associar nenhum acontecimento específico às minhas noites em claro. O que sei sempre de ante mão é que vou passar o dia seguinte mais cansada e com a tendência a fazer com a fazer confusões. Ser mãe veio amplificar o aparecimento destas malditas insónias e diminuir as sestas reparadoras que eu fazia no sofá ( a saudade que eu tenho do sofá dos meus pais, na verdade tenho é saudades de dormir no sofá deles).

Sera que este é o primeiro sinal de velhice? Estarei a transformar-me naquele velhotes que quase não dormem?

Estamos de molho em casa

A febre continua. Vamos controlando com Benuron. Ela está enrolada no sofá a ver desenhos animados. Esta não é a minha filha, a que anda sempre a cantar e a dançar. Estar quieta não é com ela.

Ser mãe e trabalhar fora de casa é ter o coração nas mãos nestes dias. Vou ter mesmo que ir trabalhar de tarde e o pai tem que faltar ao trabalho para cumprir o segundo turno de mimos e desenhos animados.

São nestes dias que até sentimos falta das traquinices e das dores de cabeça que nos fazem.