Quando me levantei pensei que hoje seria um dia normal como tantos outros. A Madalena a pastelar em frente do copo do leite. Eu a repetir 50 vezes: ” bebe o leite.”
Fomos para a escola dela ficou sem rodeios e sem meias palavras. Chego ao carro ligo para a minha mãe, meto em alta voz e sigo para o trabalho. Quando estou a sair do carro ainda a falar com ela ao telemóvel, com a mochila, mala e lancheira e as chaves na mão eis que fecho a porta do carro mas não sei como deixo lá ficar o dedo mindinho da mão esquerda.
F@$$% QUE DOR DO DEMO!
A dor foi tão forte que acabei por ter que me sentar num banco de jardim porque me estava a sentir mal. Quando dei por mim estava a ouvir a minha mãe a chamar-me muito baixinho. Ela não estava a falar baixinho eu é que tinha desmaiado.
Lá me recompuz e fui trabalhar. Agora tenho uma unha e um dedo que me doem horrores.
O dia a partir de agora só podia melhorar. O trabalho não foi nada de especial. Jantar em família com direito a brincadeira e leitura de livro ao deitar.
O melhor de tudo é que a minha filha hoje está super melosa e só que quer dar beijinhos.
O dia não podia ter acabado melhor.
A melhor coisa que me aconteceu na vida foi, sem sombra de dúvidas, ser mãe.