Dia de São Martinho e cá estão as castanhas vistas pelos olhos da Madalena.
Desenhei um ouriço da castanha e duas castanhas dizia-me ela quando vinhamos para casa. Fico deliciada com os trabalhos dela. Gosto ver como evolui e cada conquista é uma alegria. Descobri faz pouco tempo que ela tem usado a tesoura na escola. Cá em casa nem me atrevi a dar-lha, mas à dois dias ela descobriu uma minha e cortanhou uma folha minha. Só descobri o que ela tinha feito no dia seguinte.
Voltemos ao dia de São Martinho, em casa dos meus pais sempre se comeu castanhas nesta altura não fosse o meu pai da terra da castanha. Este ano eles não estão cá, exactamente porque foram apanhar as suas castanhas. Recebi hoje esta foto da minha mãe que estava toda feliz com a sua colheita.
Até à 4 anos atrás eu só comia castanhas cruas, adorava o cheiro delas assadas mas a textura não me convencia. Tentei comer fritas, também não iam por nada…cozidas nem pensar, mas cá em casa não se fazem assim.
Mas tudo mudou com a gravidez da Madalena. Eu sempre descasquei castanhas para os outros, aproveitava para aquecer as mãos, e um dos dias enquanto o fazia tive um impulso de provar novamente eis que se fez luz! Afinal castanhas assadas são boas! Para mim não podem estar muito assadas, têm que estar naquele ponto em que já estão moles mas ainda não estão farinhentas.
Nunca na minha vida pensei que passasse a comer castanhas de outra forma que não cruas.
Por isso: oh mãe volta e trás castanhas que a malta está cheia de vontade de as comer.