Ando claramente com um défice de sono desde que engravidei. No meu caso a necessidade de dormir mais do que realmente estava a dormir notou-se logo no primeiro mês de gravidez. Primeiro eram as noites inquietas a pensar que poderia estar grávida e em tudo o que isso implicaria. Depois de já ter a gravidez confirmada era o ter que dormir de barriga para cima ou de lado, porque não sei quem me disse ou onde eu vi que devia deixar de dormir de barriga para baixo, a minha posição de eleição. Depois foi mesmo o raio do sono que ficou alterado acordava matematicamente às mesmas horas, umas 3x por noite. Ora porque tinha fome, ou tinha sede, ou tinha azia ou porque não tinha absolutamente nada. O certo é que quando a M. nasceu ela acordava para comer exatamente a essas horas. Isto do instinto mãe é algo muito estranho e assustador.

Perguntam-se vocês porque me queixo. Queixo-me porque mesmo quando ela não chora a esta hora eu acordo pontualmente às 4h30. E muitas vezes tenho dificuldade em voltar a adormecer. Fico a pensar que ela ainda vai choramingar e que poderá chamar por mim. E acabo sempre por me levantar e ver se está tudo bem com ela. E lá se vai o sono. Sabem há vezes que eu acordo antes de ela choramingar, parece que já estou a prever o seu choro.
Dito isto quando será que volto a dormir uma noite descansada? Quando ela for adolescente não será porque vou estar muito preocupada com as doideiras que ela andará a fazer.
Ah e o Pai? O Pai dorme sempre como se nada fosse, excepto se ela estiver a gritar como se tivesse possuída pelo demónio.
Ser Mãe é estar em permanente estado de alerta e adorar todos os segundos.