Antes de mais quero dizer que ela fica e ficará com os avós sempre que ela e eles quiserem. Sei que eles estão lá sempre disponíveis para ficar com ela. Os dois primeiros anos de vida dela ficou com os meus pais em vez de ir para uma creche ou uma ama. E isso vale mais que um camião cheio de ouro. Confio a minha filha (e vou confiar o meu filho) com os olhos fechados aos meus pais. Muitas vezes podemos não estar de acordo na forma de fazer as coisas quando se trata da Madalena mas acabamos sempre por nos entender.
Li o post da Inês no Entre m’s e parecia que tinha sido eu a dizer/escrever aquelas palavras. Além daquilo que ela diz sobre os avós não terem que mudar a vida deles só para meu belo prazer há outra coisa que os avós não são obrigados a fazer. Ficar com a minha filha quando ela está doente.
Tenho a certeza que o fazem com todo o prazer e carinho que ela necessita. Tal como têm feito nestes dias em que ela está em recuperação. Mas a mãe dela sou eu. É de mim que ela deve receber os carinhos quando está a choramingar por lhe doer algo. Sou eu que tenho que lhe limpar o ranho ou vomitado. Também foi para isso que eu escolhi ser mãe. Cuidar da minha filha é algo que eu quero fazer e não algo que eu deva fazer por obrigação. Mas infelizmente a vida não permite que uma mãe falte ao trabalho por da cá aquela palha.
Já cheguei a ouvir, porque se toma como adquirido os avós da Madalena assumiram o barco, mas porque é que ela não fica com os avós? Porque não vão os avós buscá-la?
Apesar de nunca me ter sido feito nenhum comentário ou acusação que envolva o assunto sinto sempre que sou julgada por querer abandonar tudo e só cuidar da minha filha. Até chego a sentir um pouco de culpa, mas momentanea porque a minha filha está e estará sempre primeiro.
A resposta que da vontade de dar quando ouvimos estas coisas é:
Porque eu é que sou a mãe dela!