Já nao me lembrava como era ser mãe de um recém nascido.
Do “trabalho” que dá e quais as implicações desta condição. De como é sofrer de privação do sono e quando tenho hipótese de dormir não conseguir fechar os olhos com medo que ele acorde e chore. De como é ter olheiras e estar despenteada porque depois do banho não houve tempo para secar o cabelo.
Pelo menos desta vez consegui logo no segundo dia após o parto entrar na minha roupa pré-gravidez, o que por si só já é um bónus, e meio caminho andado para ter melhor aspecto.
Acredito que este esquecimento é uma partida do nosso cérebro, fruto da evolução da espécie humana, para garantir que nos reproduzimos mais do que uma vez e assim não há qualquer hipótese de extinção da espécie. Se não for isto porque razão esquecemos as coisas “más” e só recordamos como era bom quando eles eram pequeninos?
Ser mãe de um recém nascido é fazer tudo à pressa…
… comer à pressa,
… tomar banho à pressa,
… ir ao wc à pressa,
… dormir à pressa,
… tratar do almoço ou do jantar à pressa,
… é não secar o cabelo e fazer apenas um rabo de cavalo ou um coque à pressa.
A vida nestes dias parece que corre rápido demais, disso lembro-me bem. Quando a Madalena nasceu eu perdi noção do tempo e o mesmo se está a passar com o Pedro. Não sei em que dia do mês ou até semana estou.
Os dias são curtos mas as noites são longas, especialmente aquelas em que ele teima em não querer dormir ou chora porque está desconfortável…
e lá tenho eu que dormir à pressa…