Voltar a ter um bebé é muito bom e trás-me uma grande quantidade de boas memórias, mas também me relembra como ficava chateada com a dificuldade em andar a conduzir um carinho de bebé.
Só nos damos conta da dificuldade que é andar a empurrar um carrinho sem ter que dizer meia dúzia de palavrões (nem que seja só mentalmente) quando o temos que fazer. Desengane-se quem pensar que é fácil porque aquilo tem umas rodas todas catitas… Não é só ao andar pelas ruas de paralelos cheia de buracos que é difícil andar a conduzir e que estamos numa versão contemporânea dos jogos sem fronteiras. Reparem que não sou só eu que me queixo já a Pipoca falou neste flagelo um dia destes. Nada disso em todo o lado temos obstáculos: nos centros comerciais o espaço entre lugares de estacionamento é minúsculo e temos que fazer quilómetros para conseguir chegar à entrada; os elevadores existentes nos mesmos são poucos e muitas vezes estão cheios com pessoas que podiam perfeitamente ir pelas escadas rolantes (eu sei que estou a julgar sem saber, mas é o pensamento que me ocorre quando vem o elevador pela terceira vez cheio de pessoas ditas “normais”); os restaurantes têm pouco espaço entre mesas e o carrinho tem que ficar num sítio onde se arrisca a levar com a travessa da carne em cima; os passeios não estão rebaixados e temos que andar a fazer cavalinhos com o carrinho e rezar para que aquilo não se vire… Já não vamos falar das pessoas que estacionam em cima dos passeios e que nos obrigam a ir para a estrada com o carrinho (e no meu caso com outra criança pela mão) correndo o risco de sermos atropelados… um sem número de coisas que cada vez que se esbarram no meu caminho me dão vontade de praguejar… Não o faço em voz alta, mas vou sempre a resmungar…
Mas vamos lá ver as coisa pelo lado positivo com todas estes obstáculos sempre faço um bocado de exercício enquanto passeio o meu filho. Ou seja isto é uma estratégia para as mães voltarem à sua forma pré-gravidez. Só que não!
Lembro – me de, no início, questionar como era possível a acessibilidade ser tão pouca e de como as pessoas de cadeira de rodas também tinha a vida dificultada. Há muito a melhorar.
Andreia,
http://acasadella.wordpress.com
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